A Brasa Sobre o Braseiro: O Segredo de Permanecer Aceso

Como permanecer próximo à fonte mantém a fé viva e transforma vidas.

A imagem de uma brasa sobre o braseiro é poderosa e carregada de significado. Sozinha, a brasa rapidamente perde o calor e apaga. Mas quando permanece sobre o braseiro, alimentando-se do fogo que a sustenta, continua a brilhar, a aquecer e a gerar vida. Na vida espiritual, essa metáfora se aplica diretamente a nós. O fogo da fé, da esperança e do propósito precisa ser mantido em contato com a fonte. Distanciar-se do braseiro é arriscar-se a apagar-se espiritualmente.

A Brasa que se Mantém no Braseiro

Uma brasa jamais pode ser verdadeiramente viva se estiver isolada do fogo que a sustenta. Assim também é com o cristão: nossa fé se fortalece quando permanecemos próximos de Deus e da comunhão com outros irmãos. Hebreus 10:25 nos lembra da importância de não abandonarmos a congregação: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros…”.

O braseiro representa a presença de Deus e a comunidade de fé. Permanecer nele significa nutrir a chama do Espírito Santo, permitindo que o calor da comunhão e da Palavra continue alimentando nosso coração. A brasa sobre o braseiro não apenas mantém sua própria vida acesa, mas também transmite calor às outras brasas próximas.

Além disso, quando reconhecemos nossa própria fragilidade, Deus nos fortalece. Como Paulo escreveu em 2 Coríntios 12:9: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” É na consciência da nossa dependência de Deus que nossa força espiritual se revela.

O Perigo da Altivez e do Isolamento

Assim como a brasa fora do braseiro perde rapidamente o calor, o cristão que se afasta da presença de Deus ou da comunhão corre o risco de esfriar espiritualmente. Mas não são apenas os isolados que enfrentam perigo: aqueles que se consideram autosuficientes, arrogantes ou prepotentes também estão em risco. A Bíblia alerta repetidamente contra o orgulho e a presunção. Provérbios 16:18 diz: “O orgulho vem antes da destruição, e a altivez do espírito antes da queda.”

O cordão de três dobras, mencionado em Eclesiastes 4:12, nos ensina sobre a importância da união: “E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se rompe facilmente.” A vida espiritual nunca foi feita para ser vivida sozinha. Jesus mesmo, durante seu ministério aqui na Terra, caminhava com os discípulos, orientava, corrigia, ensinava e cuidava das pessoas ao seu redor, mostrando que a comunhão, a orientação e a presença são essenciais para fortalecer os que estão ao redor.

A Força da Unidade

O fogo tem uma lógica simples: uma brasa sozinha tende a apagar, mas várias brasas juntas se alimentam, se fortalecem e mantêm o calor constante. O mesmo acontece conosco. A união com outros cristãos, a oração em conjunto e o apoio mútuo fortalecem a fé individual e coletiva.

No livro de Atos 2, vemos a igreja primitiva reunida em oração, partilha e louvor. Foi nesse contexto de unidade que o Espírito Santo desceu com poder, e o fogo da fé se espalhou entre todos. Esse princípio permanece atual: permanecer em comunhão é manter o fogo aceso e contagiar outros com a chama da fé.

O Chamado ao Avivamento

A boa notícia é que sempre podemos voltar ao braseiro. Deus nos chama a nos reaproximar da fonte de fogo, a nos posicionar na comunhão e a reacender o dom que Ele colocou em nós. Como Paulo lembra a Timóteo em 2 Timóteo 1:6: “Por isso te lembro que despertes o dom de Deus que há em ti…”.

Jesus também nos deixou o exemplo de como lidar com pessoas difíceis, orgulhosas ou que parecem inalcançáveis. Ele não se afastava, mas mostrava amor, paciência e orientação, transformando corações e ensinando a viver em humildade e fé.

Conclusão

A brasa sobre o braseiro nos ensina que não podemos viver isolados, na neutralidade, na arrogância ou na frieza espiritual. Precisamos escolher estar próximos da presença de Deus, nutrindo o fogo da fé e vivendo em comunhão com os irmãos. Quando permanecemos no braseiro, o fogo não se apaga; ele brilha, aquece e transforma vidas ao nosso redor.

Hoje, a decisão é sua: permanecer isolado e correr o risco de apagar, ou escolher o braseiro, permanecer aceso e se tornar fonte de calor e luz para aqueles que estão à sua volta. Assim como a brasa precisa do braseiro, nossa fé precisa da presença de Deus e da união com os irmãos para continuar brilhando e cumprindo o propósito divino. É na humildade, na dependência de Deus e na comunhão que nossa verdadeira força se revela.

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